Edição nº: 230
Ano: 2021
Tratamento de lixiviado de aterro sanitário, efluente de banheiro químico e lodo de tanque séptico combinado com esgoto sanitário
Autores:
Luis Alcides Schiavo Miranda1* | Ândrea Aline Rosa de Souza | Luciana Paulo Gomes | Marcelo de Oliveira Caetano
Resumo:
O tratamento de lixiviado de aterro sanitário, efluente de cabines sanitárias e lodo de fossa séptica combinado
com esgoto sanitário tem sido uma estratégia utilizada para reduzir custos operacionais no tratamento de efluentes
externos (EE). Entretanto, ainda não há consenso sobre os impactos na segurança operacional e na eficiência
das estações de tratamento de esgotos sanitários (ES). Este trabalho avaliou um sistema de lodos ativados do tipo
RSB tratando ES e EE. O percentual total de EE adicionados ao ES foi de 3,6% da vazão de ES tratado, provocando
um aumento na carga afluente de DQO, DBO e nutrientes. As cargas de choque decorrentes da entrada dos EE dificultaram
a manutenção de características adequadas de sedimentabilidade do lodo aeróbio, verificado pela perda
de biomassa no efluente final e aumento do índice volumétrico de lodo de 46 mL.g-1 para 287 mL.g-1. A relação
A/M oscilou entre 0,42 d-1 e 0,82 d-1. A entrada dos EE contribuiu para decréscimo na remoção de matéria orgânica
e nutrientes. Análise do lodo ativado apresentou 56% de Fe, 16% de Ca, 10% de Si, 8% de S, 4% de Zn, 3% de Cu,
1,5% de Mn e 1,2% de K adsorvidos aos flocos, possivelmente devido à entrada dos EE.