Edição nº: 231
Ano: 2021
Pós-tratamento de esgoto doméstico em filtro lento com diferentes meios filtrantes
Autores:
Marília Patricio Alves* | Matheus Rodrigues Lima Aguiar | José Tavares de Sousa | Valderi Duarte Leite | Wilton Silva Lopes | Juanne Nogueira Nascimento
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade da filtração lenta, em diferentes meios filtrantes, no tratamento de água residuária doméstica, pré-tratada em sistema de lodo ativado, para produção de água de reúso
urbano de classe II. Foram construídos três filtros lentos com três diferentes meios filtrantes, sendo um de areia
(FLA), um de material não tecido agulhado de 20 cm (FNT 2) e de material não tecido agulhado de 30 cm (FNT3).
Para avaliar a eficiência dos filtros, foram monitorados os parâmetros físico-químicos do efluente obtidos no
sistema de lodo ativado (utilizado como afluente nos filtros) e efluentes produzidos nos filtros lentos. Como
resultados foram obtidas eficiências médias de remoção de turbidez 78% para FLA e 74% para FNT 2 e 3. Para
remoção de DQO 47% para FLA e FNT 2 e 43% para FNT 3. Para remoção de SST 40%, 35% e 41% para FLA, FNT
2 e FNT 3, respectivamente. Para remoção de SSV 38%, 46% e 43% para FLA, FNT 2 e FNT 3, respectivamente.
Conclui-se que o filtro lento com meio filtrante de material não tecido agulhado apresenta eficiência equivalente à do filtro lento de areia, que é um sistema já difundido, porém os FNTs possuem maior facilidade de operação
e de limpeza, além de curto tempo de amadurecimento quando comparados com o FLA.
Palavras-chave: Filtração lenta. Não tecido. Água residuária.