Edição nº: 231
Ano: 2021
Potencial uso das informações de chuvas obtidas por sensoriamento remoto na análise não paramétrica de eventos extremos na bacia do rio Madeira
Autores:
Vinicius Alexandre Sikora de Souza* | Daniel Medeiros Moreira | Otto Corrêa Rotunno Filho | Anderson Paulo Rudke | Claudia Daza Andrade | Fabricio Polifke da Silva
Resumo:
O trabalho se propõe a avaliar o emprego de dados satelitais do tipo Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Stations (CHIRPS) para a geração de curvas de intensidade-duração-frequência (IDF) na bacia
do rio Madeira. Curvas IDF foram geradas simultaneamente para dados observados em 37 pluviômetros distribuídos na bacia e para os píxeis do CHIRPS que abrangem geograficamente essas estações observacionais
in situ. Inicialmente, os dados foram analisados mediante o ajuste da distribuição de Gumbel para períodos
de retorno que se estendem de 2 a 100 anos e duração da chuva de 5 minutos a 24 horas. Na validação das
equações IDF, utilizou-se o coeficiente de determinação da regressão (r²) e avaliaram-se os resíduos produzidos. Observa-se que as equações obtidas pelo estudo apresentam uma vasta aplicabilidade em obras de
engenharia e, em especial, em atividades que requeiram suporte hidrológico devido à diversidade de durações e de tempos de recorrência utilizados. Além disso, a análise de erros e a estimava dos coeficientes de determinação das funções IDF, que estiveram próximos de 0,70, ressaltam o uso das mesmas na representação
dos eventos extremos. A comparação das bases de dados observacionais e de satélite permitiu estabelecer a
confiabilidade do uso de dados do satélite CHIRPS na construção de relações IDF para situações em que não
se dispõe de informações pluviométricas locais, embora as discrepâncias entre as bases tendam a aumentar
e a ser diretamente proporcionais ao período de retorno.
Palavras-chave: Eventos extremos de chuva. Precipitação máxima. Curva IDF Sensoriamento remoto