Edição nº: 239
Ano: 2022
Estudo da viabilidade econômica do aproveitamento energético de biogás em Sergipe considerando o cotratamento de lixiviado de aterro sanitário e esgoto doméstico em reatores UASB
Autores:
Luisa Maria Horta Maia* | Daniel Moureira Fontes Lima | Camila Figueredo Miranda | Dayane Oliveira Santos Melo | Giovana Nunes Wesz | Florilda Vieira da Silva
Resumo:
Uma das formas utilizadas no tratamento do lixiviado de aterro sanitário é o cotratamento com esgoto em
ETEs. No país, muitas estações utilizam reatores anaeróbios (ex: UASB), que produzem biogás, que pode ser
utilizado para produção de energia elétrica. Sergipe dispõe de um aterro sanitário que envia o seu lixiviado
para uma central de tratamento de efluentes na Bahia. O presente trabalho analisa a viabilidade econômica
de implantação de sistemas de aproveitamento de biogás em ETEs sergipanas já equipadas com reatores
UASB, adicionando-se o lixiviado ao esgoto. Avaliaram-se proporções de adição de lixiviado entre 0,5% e
5%, utilizando o software ProBio 1.0 para estimar a geração de biogás para cada uma das proporções e o
potencial energético em cada uma das estações. Determinou-se a economia mensal com a energia gerada
pelo uso do biogás. Na análise econômica, os VPLs dos investimentos foram determinados para um horizonte
de 25 anos, e seus tempos de retorno foram definidos por payback descontado. A implantação do sistema de
aproveitamento mostrou-se viável para três das quatros ETEs. A ERQ Sul, a ERQ Oeste e a ETE Rosa Elze, com
tempos de retorno do investimento de 11 anos e 10 meses, 12 anos e 11 meses e 19 anos e 7 meses, e VPLs de
R$ 1.225.215, R$ 1.001.668 e R$ 208.732, respectivamente, para a proporção de 5% de lixiviado adicionado
ao esgoto sanitário.
Palavras-chave: Chorume. Biogás. Digestão anaeróbia. Energia