Ano: 2023
Débora Carvalho Boratto* | Marcos von Sperling
Um dos desafios para a ampliação do uso de lodo de esgoto em solos no Brasil é a ausência de informações
técnicas e econômicas genéricas acerca das diversas alternativas tecnológicas de processamento. Frente a
essa lacuna, o presente trabalho objetiva avaliar e comparar, por meio de índices unitários, aspectos técnicos
(requisitos de área, energia e matéria prima) e econômicos (CAPEX e OPEX) de arranjos de processamento de
lodo para uso em solos como opções alternativas à destinação em aterro sanitário. Os resultados apontam
que, para ETEs de diferentes portes, existem um ou mais arranjos de tratamento de lodo para posterior destinação
produtiva em solos que apresentam custos totais (CAPEX + VPL do OPEX em 20 anos) mais baixos do
que aqueles obtidos para os arranjos com disposição em aterro sanitário. Os índices demonstram ser uma
importante ferramenta de subsídio para estudos de concepção e viabilidade, bem como para o fomento às
práticas de economia circular no setor de saneamento.
Palavras-chave: Lodo de esgoto. Biossólidos. Índice de custo. Aterro sanitário. Uso em solos. Estações de
tratamento de esgoto.
