Ano: 2023
Erivelton Bortoli dos Santos* | Silvia Cláudia Semensato Povinelli | Ademir Paceli Barbassa
Os eventos extremos de estiagem ocorridos no Brasil, cada vez mais frequentes, a concentração da população
e a elevação do consumo dificultam o abastecimento e geram disputas pelo direito de uso da água. Essa
situação se agrava ainda mais devido ao índice de perdas de água médio no Brasil atingir patamares de 40%
na última década. O objetivo principal foi propor o gerenciamento dos itens importantes ao controle de perdas
a partir de seus subitens, pela aplicação de indicadores. Os indicadores ponderaram a qualidade e a influência
de técnicas, materiais e procedimentos sobre as perdas. O método foi aplicado ao município de Monte
Alto - SP, o qual apresentou sensível redução de perdas. Foram escolhidos nove indicadores de gerenciamento
de itens (IGitem) do sistema de abastecimento de água, que foram analisados no período de 1996 a 2005.
Esses itens foram desdobrados em quarenta e três subitens, aos quais se atribuíram pesos por especialistas
e, periodicamente, pontuações (0 a 100) (IGsubitem), que geraram nove IGitem. A média ponderada dos nove IGitem
representou o índice geral de gerenciamento de perdas de água (IGGPA). Os levantamentos de dados e as
interações com funcionários resultaram em relatórios, a base das pontuações. A pontuação de cada subitem,
por ser mais simples e verificável, resultou mais verossímil a valoração do item e, por conseguinte, do IGGPA.
Foram identificadas quarenta e três ações gerenciais positivas para o SAA e dezesseis ações negativas no
período. Notou-se defasagem nas respostas entre o IGGPA e índices convencionais por questões intrínsecas
aos índices, mas percebeu-se coerência entre eles.
Palavras-chave: Perdas de água. Sistemas de abastecimento de água. Indicadores de qualidade do SAA.
