Usina pioneira de purificação de biogás é inaugurada em São Pedro da Aldeia
Projeto integra o Programa Rio Capital da Energia, que tem objetivo de tornar o Estado referência em inovação tecnológica, eficiência energética e sustentabilidade ambiental.
Uma iniciativa pioneira para destinação do lixo urbano já é realidade no município fluminense de São Pedro da Aldeia, na Região das Baixadas Litorâneas. Foi inaugurada hoje, dia 4, uma planta de purificação de biogás do Aterro Dois Arcos, com investimento de R$ 18 milhões. O projeto foi viabilizado pela Política Estadual de Gás Natural Renovável, estabelecida através da Lei nº 6.361, de 19 de dezembro de 2012.
A GNR Dois Arcos Valorização de Biogás (GDA) é uma sociedade entre a Osafi, proprietária do aterro, e a Ecometano, empresa do grupo MDCPar voltada para produção de gás natural de fontes renováveis. A usina vai evitar o lançamento, na atmosfera, de cerca de 470 mil toneladas de CO2 até 2020, gerando créditos de carbono que serão emitidos pela ONU. Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da Ecometano e diretor da GNR Dois Arcos Valorização de Biogás, Marcio Schittini, o projeto está em processo de aprovação no MDL (Banco de Dados da ONU para emissão de crédito de carbono).
O empreendimento, que integra o Programa Rio Capital da Energia, terá início com a produção diária de 6.000 metros cúbicos de gás e, em oito anos, esse volume deverá subir para 20.000 metros cúbicos. A estimativa de produção da usina é de 5 milhões de m3 de biogás purificado por ano. Estão sendo gerados cerca de 100 empregos diretos e indiretos na fase de construção e cinco diretos e 25 indiretos na fase de operação.
O aterro é destino do lixo produzido em oito municípios da região: São Pedro da Aldeia, Búzios, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Araruama. Chegam ao local, diariamente, 600 toneladas de lixo urbano não industrial, coletado em residências. O aterro existe desde 2008 e, em 2012, teve início a implantação do projeto, estimulado pela lei estadual que criou a figura do Gás Natural Renovável (GNR).
Schittini explica que o principal benefício da planta industrial, para a comunidade local e o meio ambiente, é que ela garante um aproveitamento adequado do gás gerado no aterro. Além disso, segundo ele, o empreendimento significa uma alternativa ao tratamento do biogás com mais benefícios para a sociedade.
O combustível produzido será entregue no gasoduto da Ceg-Rio, em contrato de longo prazo, consolidando o modelo de negócios inovador em linha com as consoantes de sustentabilidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Rio Capital da Energia. A previsão é que, até março do próximo ano, a Ceg deverá conectar o gasoduto até a usina.
A usina, através de um trabalho contínuo de construção de redes de captação, permite atingir quase 90% de eficiência de queima do metano. Estamos recuperando mais de 95% do metano, com alta eficiência e alta tecnologia, para fazer um produto de alto valor agregado, explica Schettini.
Segundo ele, o projeto está em fase de licença de instalação para a ampliação, que deverá garantir mais 25 anos de desativação final dos resíduos. O objetivo dessa ampliação, de acordo com ele, é garantir longevidade para a destinação final. Para nós, isso garante que, nos próximos 25 anos, haverá cada vez mais gás, explica.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, lembrou que o empreendimento atende a todos os requisitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos e elogiou a formação do consórcio municipal que possibilitou a iniciativa. Temos a preocupação de que os aterros sanitários tenham sustentabilidade econômica e, com o biometano e a legislação aprovada pela Assembleia, estamos dando conforto ao empreendedor, frisou.
O diretor comercial da CEG, Marcelo Napolitano, disse que a empresa vai investir R$ 6 milhões para construir o gasoduto de quatro quilômetros que possibilitará que o gás produzido na GNR Dois Arcos possa ser comercializado, como gás natural, pela empresa. É um projeto pioneiro e inovador que vem de encontro aos anseios da sociedade, afirmou.
A Política Estadual de Gás Natural Renovável tem o objetivo de fomentar a produção de gás a partir de resíduos urbanos, florestais, industriais e animais, determinando a aquisição do gás natural especificado, segundo padrões da Agência Nacional do petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), pelas concessionárias distribuidoras de gás natural. Segundo a legislação, a Ceg e Ceg-Rio devem adquirir GNR em volume correspondente a até 10% do volume de gás natural convencional distribuído em suas áreas de concessão, descontado o volume destinado às termelétricas.
revista Fator Brasil
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Uma iniciativa pioneira para destinação do lixo urbano já é realidade no município fluminense de São Pedro da Aldeia, na Região das Baixadas Litorâneas. Foi inaugurada hoje, dia 4, uma planta de purificação de biogás do Aterro Dois Arcos, com investimento de R$ 18 milhões. O projeto foi viabilizado pela Política Estadual de Gás Natural Renovável, estabelecida através da Lei nº 6.361, de 19 de dezembro de 2012.
A GNR Dois Arcos Valorização de Biogás (GDA) é uma sociedade entre a Osafi, proprietária do aterro, e a Ecometano, empresa do grupo MDCPar voltada para produção de gás natural de fontes renováveis. A usina vai evitar o lançamento, na atmosfera, de cerca de 470 mil toneladas de CO2 até 2020, gerando créditos de carbono que serão emitidos pela ONU. Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da Ecometano e diretor da GNR Dois Arcos Valorização de Biogás, Marcio Schittini, o projeto está em processo de aprovação no MDL (Banco de Dados da ONU para emissão de crédito de carbono).
O empreendimento, que integra o Programa Rio Capital da Energia, terá início com a produção diária de 6.000 metros cúbicos de gás e, em oito anos, esse volume deverá subir para 20.000 metros cúbicos. A estimativa de produção da usina é de 5 milhões de m3 de biogás purificado por ano. Estão sendo gerados cerca de 100 empregos diretos e indiretos na fase de construção e cinco diretos e 25 indiretos na fase de operação.
O aterro é destino do lixo produzido em oito municípios da região: São Pedro da Aldeia, Búzios, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Araruama. Chegam ao local, diariamente, 600 toneladas de lixo urbano não industrial, coletado em residências. O aterro existe desde 2008 e, em 2012, teve início a implantação do projeto, estimulado pela lei estadual que criou a figura do Gás Natural Renovável (GNR).
Schittini explica que o principal benefício da planta industrial, para a comunidade local e o meio ambiente, é que ela garante um aproveitamento adequado do gás gerado no aterro. Além disso, segundo ele, o empreendimento significa uma alternativa ao tratamento do biogás com mais benefícios para a sociedade.
O combustível produzido será entregue no gasoduto da Ceg-Rio, em contrato de longo prazo, consolidando o modelo de negócios inovador em linha com as consoantes de sustentabilidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Rio Capital da Energia. A previsão é que, até março do próximo ano, a Ceg deverá conectar o gasoduto até a usina.
A usina, através de um trabalho contínuo de construção de redes de captação, permite atingir quase 90% de eficiência de queima do metano. Estamos recuperando mais de 95% do metano, com alta eficiência e alta tecnologia, para fazer um produto de alto valor agregado, explica Schettini.
Segundo ele, o projeto está em fase de licença de instalação para a ampliação, que deverá garantir mais 25 anos de desativação final dos resíduos. O objetivo dessa ampliação, de acordo com ele, é garantir longevidade para a destinação final. Para nós, isso garante que, nos próximos 25 anos, haverá cada vez mais gás, explica.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, lembrou que o empreendimento atende a todos os requisitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos e elogiou a formação do consórcio municipal que possibilitou a iniciativa. Temos a preocupação de que os aterros sanitários tenham sustentabilidade econômica e, com o biometano e a legislação aprovada pela Assembleia, estamos dando conforto ao empreendedor, frisou.
O diretor comercial da CEG, Marcelo Napolitano, disse que a empresa vai investir R$ 6 milhões para construir o gasoduto de quatro quilômetros que possibilitará que o gás produzido na GNR Dois Arcos possa ser comercializado, como gás natural, pela empresa. É um projeto pioneiro e inovador que vem de encontro aos anseios da sociedade, afirmou.
A Política Estadual de Gás Natural Renovável tem o objetivo de fomentar a produção de gás a partir de resíduos urbanos, florestais, industriais e animais, determinando a aquisição do gás natural especificado, segundo padrões da Agência Nacional do petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), pelas concessionárias distribuidoras de gás natural. Segundo a legislação, a Ceg e Ceg-Rio devem adquirir GNR em volume correspondente a até 10% do volume de gás natural convencional distribuído em suas áreas de concessão, descontado o volume destinado às termelétricas.
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