Empresas terão acesso a R$ 500 milhões da Embrapii em quatro anos

Data: 24/11/2014
A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) já disponibilizou R$ 500 milhões para o desenvolvimento de projetos nas unidades de pesquisa. Os recursos serão liberados ao longo dos próximos quatro anos, sempre com uma contrapartida por parte da empresa. Para ter acesso ao dinheiro, o empresário deve procurar essas unidades.

Em 2011, quando a Embrapii começou um projeto piloto, apenas três instituições científicas e tecnológicas atendiam o setor industrial nas áreas de manufatura integrada, tecnologia de materiais e alto desempenho e química industrial. Agora, são 13 unidades de pesquisa. São instituições que passaram por uma seleção rigorosa e atenderam aos critérios para utilização dos recursos repassados pela Embrapii. Até o final de 2015, serão 23 unidades.

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, participa da rede de unidades da Embrapii desde o projeto piloto. Para a gerente da Coordenação de Planejamento de Negócios do IPT, Flávia Motta, foi uma decisão acertada. “Antes o IPT ia para as empresas e oferecia capacitação técnica, mas algumas reclamavam do custo. Hoje com a Embrapii, oferecemos além da capacitação, um valor mais acessível para desenvolver os projetos, por que as empresas pagam apenas um terço do valor total”, finaliza.

Motta entende que, por se tratar de inovação, esse investimento terá impacto na economia nos próximos anos a partir do surgimento de novos produtos e processos. “As empresas vão se tornar mais produtivas e competitivas e é isso que a gente quer”, argumenta.

O Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros, em São Leopoldo (RS), é uma das novas unidades de pesquisa do sistema Embrapii. A diretora do Instituto, Viviane Lovison, explica que o foco até então eram as empresas de pequeno e médio porte, mas agora isso vai mudar. “Entrar na Embrapii nos dá uma oportunidade de procurar empresas maiores, com mais capacidade de investimento em inovação. Com isso, nós também poderemos fazer projetos com maior risco tecnológico”, explica.

Constituída como associação civil sem fins lucrativos e qualificada como organização social, o modelo de funcionamento da Embrapii prevê compartilhamento de riscos técnicos e econômicos. Assim, um terço do recurso será investido pela empresa que desenvolverá o projeto de inovação, um terço virá da Embrapii e um terço será das instituições de pesquisa em forma de estrutura, recursos humanos, máquinas e equipamentos. A Embrapii é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

(Portal da Indústria)


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