ANA apresenta panorama sobre situação hídrica do País para líderes do Confea

Data: 27/02/2015
Fonte: ANA

Nesta quinta-feira, 26 de fevereiro, o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, realizou a palestra de abertura do 4º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea, que acontecerá até o dia 28 em Brasília. Em sua fala para os membros do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e conselhos regionais, o dirigente apresentou os desafios do setor de recursos hídricos e as interfaces do tema com a Engenharia.

Andreu enfatizou que a atual situação hídrica no Brasil deve servir como aprendizado para a cultura do País no que diz respeito a água. “Seja por uma cultura, que existe no País, de que a água é abundante e infinita, e que nós teremos este recurso de maneira inesgotável ao longo dos tempos, não podemos permitir que o retorno, ao final deste processo [de crise">, nos coloque no mesmo patamar de antes, porque este patamar é muito rebaixado em relação à temática da água”, afirma.

Sobre a crise hídrica no Nordeste e no Sudeste, o diretor-presidente falou a respeito da incerteza, inclusive meteorológica, sobre quando o fenômeno acabará e sobre o posicionamento que deve ser adotado pelos gestores públicos nesta situação. “Se nós temos a incerteza em relação ao futuro, temos que tratar menos de cenários e mais de gestão do risco da situação que estamos vivendo. Quais são as alternativas que temos, caso este processo se prolongue? É esta a questão que se coloca e obriga a uma tomada de decisão que tem que ser conservadora”, destaca.

O dirigente da ANA também abordou as lacunas da legislação de recursos hídricos e apontou a questão do duplo domínio das águas no Brasil (da União ou dos estados), a qual consta da Constituição de 1988, como um fator que paralisa a gestão de recursos hídricos e que deve ser amplamente discutido. “Temos que ter a sabedoria, em razão desta crise, de entender os limites dessa legislação e a necessidade de aperfeiçoá-la. Nós precisamos ter uma legislação para situações de crise, para situações de conflito”, aponta.


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