Será que tudo é reúso mesmo?

Data: 27/04/2015
Fonte: General Waters


Lava-jatos e prédios anunciam em cartazes que estão reaproveitando água. Mas nem sempre isso pode ser verdade

Desde o último dia 18, quando foi sancionada a lei 529, que estabelece multa de R$ 250 para o desperdício de água na cidade de São Paulo, empresas, comerciantes e condomínios passaram a ficar ainda mais atentos ao consumo, buscando fontes alternativas. Nas fachadas de prédios, lojas e lava-a-jatos não é raro encontrar cartazes informando que água utilizada por ali é proveniente de reúso. Apesar de estar se tornando popular, este termo nem sempre é usado adequadamente, é o que explica o engenheiro Fernando de Barros Pereira, da empresa General Water, a mais importante e respeitada concessionária privada de água do país.

Edifícios comerciais e residenciais que têm sistemas de armazenamento de água da chuva, por exemplo, não fazem reúso. "Isso é aproveitamento da água, que não foi usada antes, só caiu do céu. A palavra reúso deve ser usada apenas para os casos em que há um aproveitamento secundário do produto", afirma.

Reúso é o que faz a empresa General Water, que implanta e opera estações de tratamento, que reaproveitam esgoto em circuitos fechados, transformando-o em água potável. Pereira explica que existem dois tipos de águas que podem ser tratadas e reutilizadas: as cinzas, provenientes dos lavatórios e chuveiros, e as negras, o esgoto propriamente dito. Ambas podem ser reaproveitadas, desde que passem pelo tratamento correto.

Como funciona o tratamento?

A água que escorre pelo ralo do chuveiro e da pia ou a que é usada nas descargas pode ser transformada em água potável, num processo de cinco etapas e que dura até 12 horas. Isso é realizado nas estações de tratamento de esgoto e efluentes que estão sob a responsabilidade da General Water, em funcionamento em empresas como Bradesco, Pfizer, Shopping Plaza Sul, Grand Plaza Shopping e Eurofarma.

Por meio de uma tubulação especial, a água descartada é captada junto com dejetos, sabão e outros tipos de fluidos. Na estação de tratamento, ela primeiro passa por uma peneira, que faz a filtragem inicial dos resíduos. Em seguida, a água vai para os tanques de equalização, onde é feito o controle do volume de esgoto necessário para o tratamento.

A terceira etapa é a passagem por um reator biológico, onde bactérias especializadas se alimentam da matéria orgânica, limpando a água. Esse processo dura algumas horas, durante as quais o reator recebe uma injeção constante de ar, para que as bactérias que degradam o esgoto se proliferem.

O passo seguinte é o processamento no tanque de membranas de ultrafiltração, importadas do Japão, que separam completamente o lodo da água, que depois é esterilizada em outro tanque, com cloro. Pronto! A água, que era esgoto, já pode ser usada para o abastecimento de torres de resfriamento de ar condicionado, bacias sanitárias e para a irrigação.

Sobre a General Water

Empresa fundada em 2000 para suprir uma carência intrínseca na região metropolitana de São Paulo: a escassez de recursos hídricos. A filosofia da General Water é proporcionar aos grandes consumidores de água a oportunidade de contar com seu próprio sistema de abastecimento, tratamento de esgoto ou reúso de água, implantado e operado por uma empresa especializada no desenvolvimento e operação de soluções customizadas de saneamento. Ainda dentro da sua filosofia de trabalho, a General Water é responsável por todos os custos, riscos e responsabilidades durante todas as fases do contrato. Cabe aos clientes apenas arcar com a água/efluente produzida nos sistemas.


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