Pesquisadores monitoram água no Brasil para otimizar uso em culturas

Data: 30/04/2015
Fonte: Embrapa

Obter dados climáticos que poderão indicar possíveis formas de economia e a otimização do uso da água em culturas como grãos, fruteiras, cana-de-açúcar, café e seringueira. Áreas de vegetação natural também são alvo de estudos.

Importantes bacias hidrográficas brasileiras vêm sendo monitoradas em tempo real por imagens de satélite, sensoriamento remoto e dados climáticos de superfície. O trabalho busca determinar e analisar cinco fatores: cobertura vegetal, produção de biomassa, produtividade da água e evapotranspiração e demandas hídricas (transferência de água do solo por evaporação e da planta por transpiração para a atmosfera).

As ações de pesquisa resultam da aprovação de dois projetos financiados pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pela Embrapa em parceria com a Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).

As informações obtidas com a pesquisa poderão direcionar a formulação de políticas públicas relacionadas ao contexto de mudanças climáticas e escassez de recursos hídricos. “As análises podem contribuir para uma melhor compreensão da dinâmica dos recursos naturais e para avaliar o impacto das mudanças do clima e do uso do solo”, explica o pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Antônio Heriberto Teixeira.

Heriberto coordena uma equipe de pesquisadores que vem conseguindo importantes avanços no desenvolvimento de ferramentas capazes de quantificar, em larga escala, a produtividade da água em regiões semiáridas brasileiras.

Um dos focos da pesquisa é a chamada “produtividade da água”, termo utilizado para medir o valor de produtos e serviços produzidos por unidade de água consumida. Dois aspectos são fundamentais nessa equação: a evapotranspiração e a produção de biomassa.

Redes de estações meteorológicas automáticas vêm sendo instaladas nas bacias hidrográficas de Petrolina/Juazeiro e norte de Minas, do rio São Francisco; do baixo Tietê, São José dos Dourados e Turvo Grande, do noroeste de São Paulo; e do rio São Marcos, na parte central de Goiás. Com as informações será possível efetuar o gerenciamento hídrico em condições em que haja necessidade de rápidas mudanças de uso da terra. Com isso, poderão ser implementadas ações que promovam uma maior economia de água em áreas de agricultura intensiva.


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