CGEE conduz estudo sobre indicadores de gestão da inovação nas empresa

Data: 05/08/2015
Fonte: MCTI
Gerar conhecimento para estimular o aumento da capacidade de gestão da inovação nas organizações empresariais. Esse é o objetivo do Projeto sobre Indicadores de Inovação nas Empresas Brasileiras (Primar), conduzido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que iniciou a sua fase de campo nesta semana. A etapa envolve a realização de entrevistas com executivos de 100 empresas, dos mais variados portes e setores.

A iniciativa conta com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que assinou um termo de cooperação com o CGEE na última sexta-feira (31/07). Por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), a CNI sensibilizará as empresas para engajá-las no projeto. A parceria foi firmada durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que ocorreu em São Paulo (SP). O centro é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Para medir a capacidade de inovação de cada organização observada pelo Primar, será utilizado um conjunto de indicadores construídos pelo CGEE, em parceria com instituições do Sistema Nacional de Inovação, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao longo de 2014. "Esses índices são diferentes dos que costumamos usar no Brasil", informa a coordenadora do projeto, Ione Egler. Ela lembra que, no País, esse tipo de pesquisa usualmente é pautada pela relação entre os esforços por parte das empresas e os resultados obtidos, apesar de não observar elementos relacionados às atividades de gestão da inovação.

"A Mobilização Empresarial pela Inovação cumpriu a proposta de identificar condicionantes externos que dificultam a gestão da inovação nas empresas. Por outro lado, a falta de um olhar sistemático para os condicionantes internos pode representar obstáculos à inovação nas organizações. É nesse sentido que estamos trabalhando", destaca Egler.

A amostra de empresas foi construída a partir das seguintes trajetórias tecnológicas: setores intensivos em ciência; em escala; em informação; fornecedores especializados; e setores dominados por fornecedores. Essa divisão foi feita para que, ao final do projeto, as empresas recebam um relatório possibilitando a comparação com organizações de setores correlatos.

De acordo com o presidente do CGEE, Mariano Laplane, a partir dos resultados, será possível compreender os padrões de gestão da inovação nas empresas, analisar a dinâmica esforço (investimento em P&D) e resultados e oferecer contribuições para a construção de políticas mais adequadas para fomentar a inovação. "A pesquisa consiste na aplicação de um questionário e na realização de entrevistas com foco na gestão da inovação, complementando, assim, outras iniciativas existentes no País", afirma Laplane.

A equipe de campo é composta por especialistas de instituições, como as universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Espírito Santo (UFES), e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).


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