AESBE 30 ANOS

Data: 28/08/2015
Fonte: Aesbe

Financiamento privado pode ser caminho para a retomada do investimento em saneamento, diz Raul Henry. Vice-governador de Pernambuco defende para o setor regulação justa, equilibrada, atrativa e com planejamento adequado.

O vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, participou na tarde desta quarta-feira, 26, do ciclo de palestras do Seminário Nacional AESBE 30 anos, promovido pela Associação Brasileira de Empresas Estaduais de Saneamento. Ao falar sobre Pacto Federativo, Henry centrou sua apresentação nos desafios que o Brasil precisa enfrentar para que sua economia volte a crescer, e levantou a possibilidade do aperfeiçoamento das Parcerias Público-Privadas: “o caminho do Brasil, sem dispor de poupança pública, é buscar poupança privada”.

Ao ponderar a atual incapacidade de os estados cobrirem seus gastos orçamentários, Raul Henry aponta para a possibilidade de os investimentos no país serem feitos a partir das PPP. “Sem poupança pública é muito difícil imaginar que nós vamos retomar políticas de infraestrutura na área de saneamento ou em qualquer outra área. O que o Brasil tem que fazer é ser muito agressivo com o setor privado, fazendo uma regulação justa, equilibrada, atrativa e que estabeleça um planejamento adequado”.

Segundo Henry, o que levou o país a esta situação foi o fato de o Brasil ter prometido mais do que poderia entregar. “O Brasil tem uma conta contratada no curto, no médio e no logo prazo, que é maior do que sua capacidade de arrecadação. Esta é uma discussão que tem que estar acima das disputas políticas e das paixões partidárias. A recessão será prolongada e o ajuste inevitável. Ou a sociedade brasileira toma consciência de que é preciso fazer um ajuste nas contas públicas, ou nós teremos um caminho muito sombrio pela frente”, alertou o vice-governador pernambucano.

Por outro lado, Henry mostrou que é possível dar a volta por cima corrigindo rumos ao citar as referências que tem recebido de investidores internacionais. “Quando a gente conversa com players internacionais percebe que há um discurso de que o Brasil continua sendo o país das grandes oportunidades. O Brasil, entre os grandes países em desenvolvimento no mundo, é o que tem melhor arcabouço institucional, é uma democracia consolidada. O Brasil é um mercado consumidor de 200 milhões de habitantes, e o mundo percebe isso. Então, se a gente fizer o dever de casa, corrigir o rumo, se como sociedade conseguirmos construir um consenso de que é necessário restabelecer o tamanho do estado brasileiro para o tamanho que nós podemos ter, certa
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