Estação de tratamento de esgoto pode ser lucrativa

Data: 02/09/2015
Fonte: aqua brasilis


A AcquaBrasilis projetou, instalou e opera a ETE – Estação de Tratamento de Esgoto do Catarina Fashion Shopping, empreendimento da JHSF, no quilômetro 60 da rodovia Castelo Branco, em São Roque (SP), inaugurado em outubro de 2014. Por estar inserido em uma APP - Área de Preservação Permanente -, o empreendimento teve que cumprir exigências mais rígidas da Cetesb em relação à qualidade do efluente. “A estação vai além do convencional e alcança tratamento de nível terciário. Ou seja, complementamos removendo fósforo e nitrogênio, nutrientes que causam a eutrofização do curso d’água, matando rio e peixes”, diz a engenheira Sibylle Muller, diretora da AcquaBrasilis.

A solução tem custo que varia entre 1% e 2% do investimento total de uma obra. O cenário passa a ser interessante quando o empreendimento opta pelo reúso da água gerada pela ETE para fins não potáveis, pois a quantia retorna para o investidor se for ele mesmo que irá operar o sistema. “Em São Paulo, grandes empreendimentos, inclusive de alto luxo, que descartam seu esgoto nos rios que cortam a cidade por falta de rede coletora pública, podem lucrar a longo prazo com a instalação de ETE”, indica a engenheira.

No Catarina Fashion Shopping, a estação foi dimensionada para tratar 400 m³/dia de esgoto. A água tratada tem qualidade compatível com reúso para irrigação de jardins, descarga e lavagem de piso, entre outros fins. “Mas, dependendo do uso, não é necessária a remoção de nitrogênio e fósforo. Para irrigação de jardim, por exemplo, é até interessante manter esses nutrientes, de que as plantas necessitam”, diz Sibylle Muller.

A estação de tratamento da AcquaBrasilis é compacta, de boa eficiência, baixo consumo energético e constituída por módulos, ocupando menor área. “A modulação é vantagem interessante para empreendimentos que crescem em etapas”, comenta. Grande parte das estações de tratamentos funciona com aeradores ou sopradores, sistemas que utilizam altas potências de energia elétrica. “Nossos sistemas contam com rotores que giram lentamente e usam potências baixas, consumindo menos energia elétrica”, completa. Seu bom funcionamento é avaliado pelo volume de carga orgânica retida e, quando removidos os nutrientes, pela qualidade da água resultante.


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