Empresários discutem apoio da FAPESP à pesquisa tecnológica

Data: 21/10/2015
Fonte: Agência Fapesp
A FAPESP terá papel mais atuante no incentivo à inovação e está empenhada em aumentar o diálogo com o setor produtivo. A afirmação do presidente da Fundação, José Goldemberg, foi feita durante a reunião mensal do Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em 9/10, em São Paulo.

Durante a reunião, Goldemberg apresentou as linhas gerais do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), voltados ao apoio à pesquisa em empresas, destacando números e valores empenhados em projetos de pesquisa originários do setor produtivo.

Para Goldemberg, o momento pede um aumento na demanda das empresas por apoio à pesquisa. “O setor empresarial precisa aumentar sua participação na pesquisa por meio de projetos bem estruturados, que considerem as especificidades do setor produtivo, mas que atentem para a qualidade da pesquisa”, observou.

Do mesmo modo, a interação com as universidades poderia, na visão do presidente da FAPESP, ser fundamental para a qualificação de projetos de pesquisa que resultem em ganhos mais significativos para a indústria e a sociedade.

Para Rodrigo Loures, presidente do Conic, os programas da FAPESP voltados para a pesquisa em empresas deveriam estar articulados para que tanto pequenas como grandes empresas sejam vistas com o mesmo grau de importância para a pesquisa. Segundo ele, é importante haver um ambiente propício para apoiar o fomento ao empreendedorismo de classe mundial.

Um dos tópicos debatidos durante a reunião foi a necessidade de incentivar a criação de startups, devido sua importância para a transferência de tecnologia em um ambiente de inovação. Para os membros do Conic, é preciso induzir o pesquisador a criar mecanismos que façam com que as pesquisas resultem em patentes e bens de consumo com alto valor agregado.

Wilson Nobre, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirmou a necessidade de estimular ecossistemas para o desenvolvimento de startups, para as quais é preciso haver muitas conexões, nas empresas, universidades e sociedade. Para ele, é preciso dar visibilidade a todos os integrantes desse ecossistema de startups, que produzem ideias boas e de baixo custo.

A importância da participação do setor industrial na pesquisa também foi ressaltada pelo diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp e vice-presidente do Conic, José Ricardo Roriz Coelho. Segundo ele, 65% do investimento em pesquisa e desenvolvimento no Brasil origina-se do setor industrial.

A reunião do Conic teve também a participação de Monica Rosina, coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Inovação, e Alexandre Pacheco da Silva, coordenador do Laboratório de Empresas Nascentes de Tecnologia, que falaram sobre o trabalho feito na FGV para formar advogados voltados ao empreendedorismo, e José Borges Frias, Head of Strategy, Market Intelligence & Business Excellence da Siemens, que falou sobre a Indústria 4.0, plataforma criada na Alemanha para melhorar exponencialmente a competitividade industrial daquele país com base em pesquisa.


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