Edição nº: 230
Ano: 2021
Gestão de riscos ocupacionais no manejo do lodo gerado em estações de tratamento de esgoto
Autores:
Alysson Rogerio da Silva* | Cali Laguna Achon
Resumo:
As ETEs desempenham papel crucial na manutenção da saúde da população. Porém, geram quantidade considerável
de lodo de esgoto. Os custos relacionados ao manejo do lodo podem representar 50% dos custos
operacionais da ETE. Além disso, o lodo pode ser prejudicial à saúde humana e os trabalhadores que atuam
no seu manejo estão expostos a diversos riscos ocupacionais. Esta pesquisa tem como objetivo examinar
a relação entre o manejo do lodo e os riscos ocupacionais associados, por meio de processos de gestão de
riscos, baseados na ISO 31000, em duas ETEs de médio porte do interior paulista que utilizam tecnologias diferentes,
lodos ativados convencionais e reatores anaeróbios UASB. Dentre os principais riscos ocupacionais
avaliados, foram considerados críticos a exposição a microrganismos patogênicos dispersos no ar e no contato
direto acidentale o risco de acionamentos acidentais de equipamentos durante a manutenção. Percebese
que ainda há muita resistência, tanto dos trabalhadores como dos empregadores, em relação à saúde e
segurança do trabalho. Muito se deve a fatores culturais e sociais, e, portanto, sempre haverá a necessidade
da atualização dos instrumentos legais e intensificação da fiscalização. Além disso, é necessário promover,
de forma frequente, a conscientização dos trabalhadores e, principalmente, dos empregadores, discutindo o
papel dos gestores dos serviços de saneamento básico, em especial no tratamento de esgotos, no processo
de desenvolvimento de cultura de segurança do trabalho nas empresas.
Palavras-chave: Manejo de lodo de Esgoto. Lodo de Esgoto. Gestão de Riscos Ocupacionais. Saúde e Segurança
do Trabalho. ISO 31000.